Mediunidade é a faculdade humana pela qual se estabelecem as relações entre homens e espíritos. É uma faculdade natural, inerente a todo ser humano. Uns as tens em graus elevados, outros com pequenas intuições.

A mediunidade é um fenômeno espiritual que ocorre com muito mais freqüência do que muitos possam imaginar, pois estamos rodeados de espíritos. Costumamos chamar de médiuns aqueles que possuem esta faculdade (P.E.S.) de maneira ostensiva.

O filósofo grego Sócrates (séc. V a.C.) constantemente era orientado pelo seu guia espiritual: Desde minha infância, graças ao favor celeste, sou seguido por um ser quase divino, cuja voz me interpela a esta ou àquela ação. A Bíblia com o velho e o novo Testamento, é uma fonte riquíssima de fenômenos mediúnicos.

O apóstolo João mostra a possibilidade de comunicação entre os dois mundos (encarnados e desencarnados), mas nos alerta para a qualidade dessa comunicação: Não creias em todos os espíritos, mas provai se os espíritos são de Deus (I João). Sendo inerente ao ser humano, a mediunidade pode aparecer em qualquer pessoa, independentemente de idade, sexo, condição social, moral ou religião à qual se abrace.

Mas, mal orientada, principalmente em médiuns bem aflorados, pode acarretar problemas sérios em suas vidas.

É freqüente receber em meu consultório médiuns rotulados pela psiquiatria oficial de esquizofrênicos, psicóticos, com transtorno bipolar (alternância de humor extremada), transtorno de humor (depressão, ansiedade, nervosismo, irritação, angústia etc.). Desta forma, a ciência psicológica por considerar ainda a mediunidade como um fenômeno anômalo, rotula equivocadamente os médiuns como sendo portadores de distúrbios psiquiátricos.

Por conta disso, a maioria dos profissionais da área de saúde ainda não faz um diagnóstico diferencial entre um distúrbio mediúnico de um distúrbio psiquiátrico propriamente dito. Os sintomas clínicos mais comuns de uma mediunidade em desarmonia são:

1º) Sensação de peso na cabeça, na nuca e ombros;
2º) Nervosismo acentuado (irritação por motivos banais);
3º) Insônia, desassossego;
4º) Calafrios e arrepios constantes no corpo todo ou partes do corpo;
5º) Cansaço geral, calor (como se encostasse em algo quente);
6º) Falta de ânimo para o trabalho;
7º) Alternância de humor extremada: tristeza profunda ou excessiva alegria sem razão aparente.

Mediunidade Não é patrimônio exclusivo e nem foi inventada pelo Espiritismo. É uma faculdade humana normal e independe de crença religiosa, já que a pessoa pode possuí-la, com maior ou menor intensidade, acredite ou não. O Espiritismo apenas se dispõe a estudá-la, educar e disciplinar as pessoas que a possuem, para que o seu uso possa ser benéfico a elas e aos outros, absolutamente dentro dos elementares padrões de moralidade. Segundo os postulados espíritas ela não deve ser comercializada, nunca, devendo ser utilizada gratuitamente; todavia é praticada comercialmente em alguns lugares do mundo, por pessoas que são médiuns, inclusive honestas, mas nada sabem sobre Espiritismo, numa comprovação de que ela existe fora do meio espírita. Qualquer afirmativa do tipo que "alguém tem mediunidade e precisa desenvolver" é vinda de pessoas inconseqüentes, mesmo algumas que se auto rotulam espíritas, posto que o Espiritismo propõe que a faculdade deve ser educada e não desenvolvida.